terça-feira, 3 de abril de 2018

Já agora... que já tenho coisas das quais me posso pôr a recordar.



Deixem-me deixar aqui um post que publiquei em Julho de 2010, quando voltei ao blog, mas depois acabou a não ser neste que realmente construí um blog sobre os meus trapos, mas sim em outro sítio qualquer. O que aqui ficou de 2010 em diante, teve pouca relevância, ao passo que o que eu construí lá do outro lado, ainda hoje me dá muito jeito para consulta. Só por curiosidade, eis o que escrevi em 2010: (Continuo a achar piada às parvoíces que eu escrevia! Gosto da pessoa que fui!)

 "Bem, cá estou eu de novo, cheia de fulgor, apesar da fúria comentadora se ter dissipado, pelo menos em parte, devido aos fóruns do mestrado. De volta dos blogues, pronta para entrar numa Nova Era do ramalhete de blogues da Porcelain Doll. Um nome que poderá começar a querer dar de si, uma vez que além de gorda, por andar a trabalhar que nem uma louca em vez de fazer exercício físico (o cérebro não gasta tantos açúcares numa hora de trabalho de mestrado, como numa hora de piscina; ora bolas), estou também velha e cansada. E isso de andar a chamar Porcelain Doll a uma velha gorda e cansada e sem paciência para futilidades, começa a ser demasiado antagonismo para uma possível equilibração com um mínimo de harmonia. Mas, porra, continuo a gostar de trapos. Na verdade, até, nem sei bem se é mesmo isso. Acho que, na verdade, o que me vicia mesmo, é exercitar a minha criatividade; eis um exercício que a mim nunca me parece em excesso. E sinto necessidade de o fazer a propósito de tudo e de nada. Os trapos são uma oportunidade extraordinária de o fazer. Cada vez tenho menos paciência para deambular pelas lojas. Nunca foi coisa que me agradasse particularmente, algo que contrasta com o prazer que me dá conseguir uma combinação perfeita de peças em cima da minha pessoa. É que fico mesmo contente. É por isso que sempre gostei tanto de catálogos; até porque o que eu quero fazer dá trabalho e requer tempo, além de requerer que se olhe para a mesma peça vezes sem conta até se estar certo da decisão a tomar. É assim uma espécie de um hobbie que requer estudo e laboratório. E o raio do tempo que cada vez vai sendo menos para estas coisas que depois revertem em muito pouco. Infelizmente as pessoas com quem estou diariamente estão a borrifar-se para trapos, o que é uma pena, pois assim deixam-me sem ter com quem trocar umas ideias interessantes. Por outro lado, cada vez mais me estou lixando para a opinião que alguém possa ter de mim, pelo que também não me vou vestir para condicionar a opinião seja de quem for. Afectivamente, definitivamente, também não é por aí. Resta o estímulo da criatividade, e mesmo essa, pode ser talvez até mais estimulada por um custo muito menor e através de coisas muito mais simples. E depois há o facto de eu, simplesmente, gostar de trapos. Que ainda deve ser o argumento mais forte. E pronto, cá ando, sem tempo nem disponibilidade mental para pensar em trapos, mas volta e meia lá dando a volta quer pelas lojas, quer pelos catálogos e lá me vão surgindo umas ideias. O Rags & Co. que está guardado, deu-me um jeitão como base de dados visual da minha trapagem toda. Não sei como eu ainda consigo dar-me a certos trabalhos... acho que sou, de facto, uma pessoa paciente. :) Bem... e aí vamos nós. Obviamente que os meus conjuntinhos vão lá para o outro lado, e é quando eu tiver tempo e paciência para isso; vão estar provavelmente cingidos àqueles momentos em que eu olho ao espelho e penso que produzi uma obra de arte. :) Por aqui, apenas as reflexões ao redor do tema. Que a profundidade dos últimos tempos quase me tem afogado. Preciso urgentemente de alguma futilidade na minha vida."

Sem comentários: